Com 9,37 milhões de km² de área e cerca de 309 milhões de habitantes, os Estados Unidos são o quarto maior país em área total, o quinto maior em área contínua e o terceiro em população. O país é uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas do mundo, produto da forte imigração vinda de muitos países. A economia dos Estados Unidos é a maior economia nacional do mundo, com um produto interno bruto que em 2008 foi de 14,2 trilhões de dólares, o que foi equivalente a um quarto do valor do PIB nominal mundial e um quinto do PIB mundial por paridade do poder de compra.
História
Nativos americanos e colonos europeus
Acredita-se que os povos indígenas dos Estados Unidos continentais, incluindo os nativos do Alasca, emigraram da Ásia. Eles começaram a chegar há 12 ou 40 milênios, senão antes. Alguns, como a cultura mississippiana pré-colombiana, desenvolveram agricultura avançada, arquitetura grandiosa e as sociedades estaduais. Mais tarde os europeus começaram a colonização das Américas, muitos milhões de indígenas americanos morreram de epidemias de doenças importadas, como a varíola.
Em 1492, o explorador Cristóvão Colombo sob contrato com a coroa espanhola chegou a várias ilhas do Caribe, fazendo o primeiro contato com os povos indígenas. Em 2 de abril de 1513, o conquistador espanhol Juan Ponce de León desembarcou em o que ele chamou de "La Florida" — a primeira visita europeia documentada no que viria a ser os Estados Unidos Continentais.
Independência e expansão
As tensões entre colonos americanos e os britânicos durante o período revolucionário dos anos 1770 e início dos anos 1760 levaram à Guerra Revolucionária Americana, travada de 1775 até 1781. Em 14 de junho de 1775, o Congresso Continental, em convocação na Filadélfia, criou um Exército Continental sob o comando de George Washington. Proclamando que "todos os homens são criados iguais e dotados de certos direitos inalienáveis", em 4 de julho de 1776 o Congresso aprovou a Declaração de Independência, redigida em grande parte por Thomas Jefferson. Essa data é hoje comemorada como o Dia da Independência dos Estados Unidos. Em 1777, os Artigos da Confederação estabeleceram um fraco governo confederado que operou até 1789.
Guerra civil e industrialização
Batalha de Gettysburg, durante a guerra civil, litografia da Currier & Ives (1863).
As tensões entre os estados ditos livres e os estados escravistas tiveram origem sobretudo em argumentos sobre a relação entre os governos estadual e federal e em conflitos violentos acerca da propagação da escravidão em novos estados. Abraham Lincoln, candidato do Partido Republicano, em grande parte abolicionista, foi eleito presidente em 1860. Antes da sua tomada de posse, sete estados escravistas declararam sua secessão, o que o governo federal sempre considerou ilegal, e formaram os Estados Confederados da América. Com o ataque confederado em Fort Sumter, a Guerra de Secessão começou, e mais quatro estados escravistas aderiram à Confederação. A Proclamação da Emancipação de Lincoln, em 1863, declarou livres os escravos da Confederação. Após a vitória da União em 1865, três emendas à Constituição estadunidense garantiam a liberdade para quase quatro milhões de afro-americanos que tinham sido escravos, fizeram-nos cidadãos e lhes deram direito ao voto. A guerra e a sua resolução levaram a um aumento substancial do poder federal.
Primeira Guerra Mundial, Grande Depressão e Segunda Guerra Mundial
Durante os primeiros anos da Primeira Guerra Mundial, que eclodiu em 1914, os Estados Unidos mantiveram-se neutros. Apesar da maioria dos estadunidenses simpatizarem com os britânicos e com os franceses, muitos eram contra uma intervenção. Em 1917, os Estados Unidos se juntaram aos Aliados, ajudando a virar a maré contra as Potências Centrais. Após a guerra, o Senado não ratificou o Tratado de Versalhes, que estabelecia a Liga das Nações. O país seguiu uma política de unilateralismo, beirando o isolacionismo.
Guerra Fria e protestos políticos
Os Estados Unidos e a União Soviética disputaram a supremacia mundial após a Segunda Guerra Mundial, durante o período chamado de Guerra Fria, cujos principais atores a nível militar na Europa foram Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e o Pacto de Varsóvia. Os Estados Unidos promoviam a democracia liberal e o capitalismo, enquanto a União Soviética promovia o comunismo e e uma economia planificada. Ambos apoiavam ditaduras e estavam envolvidos em guerras por procuração. As tropas estadunidenses combateram as forças comunistas chinesas na Guerra da Coreia de 1950-53. O Comitê de Atividades Antiestadunidenses seguiu uma série de investigações sobre suspeitas de subversões de esquerda, enquanto o senador Joseph McCarthy tornou-se a figura emblemática do sentimento anticomunista.
Era contemporânea
Sob a presidência de George H. W. Bush, os Estados Unidos assumiram um papel de liderança na ONU sancionando a Guerra do Golfo. A maior expansão econômica da história moderna estadunidense ocorreu de março de 1991 a março de 2001, abrangendo a administração de Bill Clinton e a "Bolha da Internet". Uma ação judicial civil e um escândalo sexual levaram ao impeachment de Clinton em 1998, mas este permaneceu no cargo. A eleição presidencial de 2000, uma das mais acirradas e controversas da história dos Estados Unidos, que chegou a envolver suspeitas de fraude e outras dúvidas na contagem de votos, foi resolvida por uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que declarou George W. Bush, filho de George H. W. Bush, presidente.
Em 11 de setembro de 2001, terroristas da Al-Qaeda atingiram o World Trade Center, em Nova Iorque, e O Pentágono, perto de Washington, DC, matando cerca de três mil pessoas. Em resposta, a administração Bush lançou uma "Guerra ao Terror". No final de 2001, as forças estadunidenses lideraram uma invasão ao Afeganistão, removendo o governo Taliban e acabando com campos de treinamento da Al-Qaeda. Insurgentes do Taliban continuam (2011) a travar uma guerra de guerrilha.
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